De acordo com o jornal britânico “The Daily Mail”, a tecnologia, criada a partir de choques leves no cérebro, foi inicialmente desenvolvida para o tratamento da doença de Parkinson nos EUA.
Para o desenvolvimento do “sex-chip”, as pesquisas focaram o córtex orbitofrontal, localizado atrás dos globos oculares, que é associado aos sentimentos de prazer causados pela comida e pelo sexo.
A investigação, desenvolvida pelo professor Morten Kringelbach, descobriu que o córtex orbitofrontal pode ser submetido a uma nova forma de estimulação para ajudar as pessoas com um distúrbio denominado anedonia, isto é, incapacidade de sentir prazer em diversas actividades.
"Há evidências de que o chip funcionará. Há poucos anos atrás, cientistas implantaram um componente eletrónico externo, ligado ao cérebro de uma mulher com pouco interesse sexual, e ela tornou-se sexualmente activa. Como ela não gostou da mudança brusca, o chip foi removido do seu couro cabeludo", disse o professor Tipu Aziz, que também participa do estudo.
Aziz explica que o procedimento actual requer o implante do chip dentro do cérebro, sendo que o mesmo levará cerca de dez anos no seu desenvolvimento.
"Quando a tecnologia for lançada, poderemos usar essa estimulação cerebral em muitas áreas. Mas precisamos de desenvolver melhor, com mais controlo sobre o poder do chip, e com a capacidade de habilitar o chip para ligar ou desligar, quando necessário."
A preocupação científica relativamente ao tema não é recente. Já foi desenvolvida nos EUA uma máquina electrónica que cria estímulos sexuais, pelo médico Stuart Meloy. Denominada como Orgasmatron, a máquina estimulava a coluna vertebral.
JN
Cientistas criam chip para estimular o prazer
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